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Uma Carta Diferente

Certo dia escrevi a seguinte carta: “ Estou inconformado com a vida, já não sinto alegria, nem prazer em viver. Penso sempre em você e gostaria de ter certeza do seu amor por mim, pois às vezes me sinto abandonado na solidão. Falo com você, mas você não me diz nada. O que houve? Há algo errado? Foi alguma coisa que eu fiz ou disse? Por favor, me diga, preciso muito saber, você me ama? Se ama me dê uma prova do seu amor por mim ”. Selei a carta e enviei. No dia seguinte já fiquei de prontidão aguardando ansiosamente o carteiro. Cada dia que se passava parecia que a ansiedade tomava conta de todo meu ser. Nestas minhas esperas diárias me indaguei: “ Até que ponto esse amor que sinto é verdadeiro? ”. O carteiro sempre entregava as cartas ao entardecer, quando o sol começava a se pôr. Os dias foram passando e sempre fazia a mesma pergunta ao carteiro: “Tem alguma carta pra mim hoje?”. Ele com um sorriso no rosto respondia: “ Deixa eu ver... não, não tem carta para você ”. Quant
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Perdoar Para Manter a União

Cada vez mais em nossos dias a relação a dois parece está ficando complicada e difícil de ser mantida. Aqueles antigos casamentos em que se comemoravam 40, 50 anos juntos está cada vez mais raro. Haja vista que chegar aos 7 anos de casado, tempo da suposta primeira crise, já é um grande desafio em nossa sociedade. Se realmente existe uma razão pela qual os divórcios acontecem é sem dúvida a falta de perdão, ou nas palavras de Jesus: “A dureza de coração”. Quantos desentendimentos seriam resolvidos se de fato cada um de nós enxergasse que ninguém é pior nem melhor, logo, do mesmo modo que quero ser perdoado preciso perdoar. A fórmula que Jesus Cristo de Nazaré nos deixa é 70 x 7, ou seja, 490 vezes para cada pessoa todo dia, esta foi a aula de perdão que Ele deu a Pedro. Certa vez me encontrei com um casal de idosos caminhando no calçadão da praia de Boa Viagem (Recife-PE). Não resisti e fui conversar com eles, pedi licença, me apresentei e falei do quanto estava encantado e admira

Ano Novo a Gente Faz!

Um ano novo e feliz nós que fazemos (construímos). Não teremos um ano novo se continuarmos com velhos hábitos. Se queremos diferentes resultados precisamos ter diferentes atitudes! Feliz seremos quando a felicidade deixar de ser produto consumido, obtido, desejado... E passar a ser algo real em nós, vivido e desfrutado independente das circunstâncias. Ser feliz deve ser uma escolha! O surpreendente é que ela está nas coisas singelas e sutis da vida, em simples   momentos vividos intensa e responsavelmente.   Queremos realmente um ano novo? Sejamos novos, nos reinventemos, ou que tal descobrir-nos e permitir-nos ser nós mesmos sem máscaras. Vivendo, sendo, desfrutando e amando a vida. Sendo assim, valorizemos cada instante e as coisas simples do dia a dia, pois assim nos perceberemos na vida, atentando para tudo que existe ao nosso redor: pássaros cantam, vento nos acariciam, crianças sorriem, pessoas carentes, idosos maltratados, etc. Diante desta constatação o que faremos? Lamen

Insight: Respeito.

Respeitar as diferenças vendo o que nos une, é um desafio entre cristãos dos nossos dias. Parece que o tempo todo colocamos nossa denominação (confissão de fé, sistema doutrinário, ordem de culto...) acima dos ensinos do próprio Jesus ("amai uns aos outros"). Não conseguimos ver aquilo que nos une como algo muito maior que as nossas diferenças.  Criar um ambiente harmonioso e acolhedor visando o bem comum é necessário para uma caminhada de comunhão na verticalidade e na hori zontalidade. Afinal, nossa união com o Eterno se expressa em nossa união com nosso semelhante (com gente - demonstramos que amamos ao Pai amando os nossos semelhantes). Amar os iguais e rejeitar os diferentes não é ensinamento do nosso Mestre. Todos somos especiais para o Pai! Ao mesmo tempo que somos diferentes, como uma peça de quebra cabeça, juntos nós expressamos a graça do Pai no encontro comunitário (o reunir-se como Igreja). Criticar os outros querendo transformar o outro em tudo aquilo que defe

Insight: Tempo.

O que é o tempo? Lembro do meu professor de filosofia fazendo esta pergunta, provocando a reflexão em cada um de nós (os alunos). O tempo é um conjunto de momentos vividos no agora, aparenta ser relativo em muitas situações, pois se sofremos, o tempo parece não passar, para as crianças o tempo parece demorar, para adultos o tempo "voa", em momentos de alegria, o tempo parece ser tão curto. Se entender o nosso tempo é tão complexo, como queremos entender o tempo do Eterno? Não  conseguimos entender o tempo de dEle, de suas ações ou mesmo seu tempo de silêncio. Parece que ficamos o tempo todo querendo entender e teorizar o tempo que nem se quer vivemos os momentos. Ainda não aprendemos que cada coisa tem seu tempo, principalmente nós, seres humanos. Vamos viver cada momento sabendo que são únicos, por isto, vamos viver de modo responsável. Tudo acontecerá naturalmente sem neuroses, sem loucuras, exercitemos a paciência, tranquilizemos a alma, pois tudo tem seu tempo, hora e m

Insight: Palavras soltas.

Em nossos dias, a presença ausente é muito comum. A presença virtual.... Online (disponível), mas na verdade ocupado. Presente em casa, mas ao mesmo tempo ausente porque está presente em tantas redes sociais tais como: WhatsApp, facebook e outras. Gastamos mais tempo e energias conversando com aqueles que estão distantes, porém em silêncio com os que estão perto de nós. Às vezes, até escutamos os outros, mas não ouvimos. Estamos ali diante do outro parados olhando (presentes), mas o nosso pensamento está bem distante (ausentes) e não vemos (percebemos) nada daquilo que está sendo dito por quem está diante de nós, de modo que se o outro se calar a qualquer momento nem se quer percebemos. Não queremos mais conversar, apenas ser ouvidos, compreendidos e atendidos. A vida do outro só nos importa quando é para criticá-la, censurá-la e espalhar o que conhecemos popularmente como fofoca (aí sim, vida do outro nos importa) ou se vamos ganhar algo em troca. Entretanto, a troca de afet

Confiemos- nos!

Parece que a vida de muitos se tornou alguma coisa suspensa no ar. As pessoas estão como se algo dentro delas estivesse em desordem. Vivem isoladas e esse fenômeno pode ser observado tanto na vida de indivíduos como na das coletividades e a raiz disso está na falta de confiança. Esse sentimento de desconfiança imprime em suas almas e em tudo quanto fazem um caráter de dúvidas e insegurança. Muitas pessoas transferem para nosso Pai Celeste e acabam vivendo sem uma direção, porque não tem um Alvo (“ Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus ”. Filipenses 3:14). Quando o Eterno não está diante de nós, perdemos a reverência pelo Sagrado e a vida morre em nossas mãos. A vida acaba sendo fastidiosa, perde a essência, o significado que possuía para a partir dele se fazer um todo. Sendo assim, o que se pensa, faz e é, perde o sentido, além de não haver valores eternos definidos e não respirar algo que tenha poderoso significado universal e eterno. O qu